Clássica

"A Arquitetura Clássica refere-se à arquitetura da Antiguidade Clássica, especificamente à Arquitetura Grega e de algum modo a toda aquela nela inspirada e baseada, como a Arquitetura Romana, do Renascimento ou do Neoclassicismo. 

Pode-se assim dizer que os elementos que compoem esta corrente arquitectónica são aplicados em diferentes contextos daqueles para os quais foram pensados inicialmente sem, no entanto, perderem a sua designação. Este gosto pela corrente clássica e consequentemente pela recriação das suas componentes em edifícios posteriores não tem um período temporal definido e observa-se ao longo da história da arte nos mais variados revivalismos."

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Torre de Belém
Localização: Avenida Brasília, Belém – Lisboa, Portugal;
Duração da obra: 1514 - 1520;
Arquitetos envolvidos: Francisco de Arruda;

"A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Localiza-se na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém. Inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme.

O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época em que o país era uma potência global (a do início da Idade Moderna). 

Classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1983, foi eleita como uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.

O monumento reflete influências islâmicas e orientais, que caracterizam o estilo manuelino e marca o fim da tradição medieval das torres de mensagem, ensaiando um dos primeiros baluartes para a artilharia no país.

Parte da sua beleza reside na decoração exterior exterior, adornada com cordas e nós esculpidps em pedra, galerias abertas, torres de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escudos decoradas com esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturalistas, como um rinocerconte, alusivos às navegações. O interior gótico, por baixo do terraço, que serviu como armaria e prisão, é muito austero.

A sua estrutura compõe-se de dois elementos principais: a torre e o baluarte. Nos ângulos do terraço da torre e do baluarte, sobressaem guaritas cilíndricas coroadas por cúpulas de gomos, ricamente decorada em cantaria de pedra.

A torre quadrangular, de tradição medieval, eleva-se em cinco pavimentos acima do baluarte, a saber: primeiro pavimento - Sala do Governador, segundo pavimento - Sala dos Reis, com teto elíptico e fogão ornamentado com meias-esferas, terceiro pavimento - Sala de Audiências, quarto pavimento - Capela e por fim o quinto pavimento - Terraço da torre.

A nave do baluarte poligonal, ventilada por um claustrim, abre 16 canhoneiras para tiro rasante de artilharia. O terrapleno, guarnecido por ameias, constitui uma segunda linha de fogo, nele se localizando o santuário de Nossa Senhora do Bom Sucesso com o Menino, também conhecida como a Virgem do Restelo por "Virgem das Uvas"."

Websitehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Bel%C3%A9m

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Mosteiro dos Jerónimos

Localização: Praça do Império, Belém – Lisboa, Portugal;
Duração da obra: 1501/1502 - 1572;
Arquitetos envolvidos: Diogo de Boitaca, João de Castilho, Diogo de Torralva e Jerónimo de Ruão;

"Perto do local onde o Infante D. Henrique, em meados do séc. XV, mandou edificar uma igreja sobre a invocação de Sta. Maria de Belém, quis o rei D. Manuel I construir um grande Mosteiro. Para perpetuar a memória do Infante, pela sua grande devoção a Nossa Senhora e crença em S. Jerónimo, D. Manuel I decidiu fundar em 1496, o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa, junto ao rio Tejo. Doado aos monges da Ordem de São Jerónimo, é hoje vulgarmente conhecido por Mosteiro dos Jerónimos.

O Mosteiro é um referente cultural que não escapou nem aos artistas, cronistas ou viajantes durante os seus cinco séculos de existência. Foi acolhimento e sepultura de reis, mais tarde de poetas. Hoje é admirado por cada um de nós, não apenas como uma notável peça de arquitectura mas como parte integrante da nossa cultura e identidade.

O Mosteiro dos Jerónimos foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como Património Mundial de toda a Humanidade."

Websitehttps://www.mosteirojeronimos.pt/pt/index.php?s=white&pid=168&identificador=

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Reconstrução dos Armazéns do Chiado

Localização: Rua do Carmo – Lisboa, Portugal;

"A estrutura horizontal das plantas do edifício segue a disposição histórica da fachada, comunicando-se estes espaços através dos grandes pátios junto à torre central e aos acessos verticais anexos à rua do Crucifixo. Um conjunto de escadas rolantes, instaladas em duplicado, cruza os pátios e os espaços adjacentes. Desta forma, asseguram-se percursos funcionais que para o próprio Centro Comercial, quer para os utentes que circulam nesta área da cidade.

A torre é o espaço “livre” que, criando um hall, é o único distribuidor destes movimentos: as vistas do Chiado sobre a Baixa convertem-no num miradouro privilegiado.A base da torre, em frente à rua Garrett, mantém a mesma entrada cujas características plásticas haviam sido evidenciadas pelos antigos Armazéns do Chiado. Outras entradas secundárias e montras asseguram a permeabilidade comercial que a Lisboa Pombalina definiu em termos históricos.
 
Assim, o hotel, algumas lojas e o próprio Metro vão acompanhando o visitante que não utilizou a entrada principal. Seguindo esta disposição, os espaços comerciais foram distribuídos, localizando as lojas de maior dimensão nos extremos do edifício e as lojas de menor dimensão ladeando as zonas dos pátios e os passadiços deambulatórios. Nos pisos superiores, instalaram-se os restaurantes, cafetarias e o hotel, que domina a parte superior, beneficiando de um amplo terraço sobre a Baixa Lisboeta. 

O terraço ajardinado separa o espaço público do bar e restaurante do hotel, dos varandins privativos de cada quarto. No corpo saliente da torre, localiza-se a área de restaurante, num espaço que se abre segundo a perspectiva do Castelo de S. Jorge. A torre e o resto do edifício comunicam a percepção sequencial dos espaços. As fachadas interiores das lojas e outros serviços de apoio encontram-se resolvidos com grande simplicidade, integrando a iluminação e a sinalética, sobressaindo as formas maciças do edifício. 

Todo o Centro privilegia de duas enormes clarabóias, cuja claridade desenvolve como atracção visual o jogo luminoso das esculturas de José Guimarães.Por fim, destaca-se a necessidade de manter a gestão conjunta dos novos Armazéns do Chiado, para assegurar a sua coerência de funcionamento e manter o equilíbrio entre as actividades que definem o perfil e as características de atracção do centro. 

Neste sentido, a tradição “literária” do Chiado é garantida em algumas dependências, com destaque para a exposição e venda de material cultural cuja especificidade diferencia este lugar de outros Centros Comerciais “tout-court”. De igual modo, todo o edifício primazia da presença do hotel e do valor residencial do mesmo, sendo privilegiado pela sua localização central e impacte dos seus terraços. Estas são questões que apontam para a necessidade de manter o equilíbrio entre a história e a reconstrução, entre a arquitectura e o uso urbano da mesma, sendo todo o projecto Armazéns do Chiado capaz gerar riqueza e criar novas sinergias no Chiado e na magnífica Baixa Lisboeta."

Websitehttps://www.armazensdochiado.com/informacoes/arquitectura.html

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Baixa Pombalina

"A Baixa de Lisboa, também chamada Baixa Pombalina ou Lisboa Pombalina por ter sido edificada por ordem do Marquês de Pombaç, na sequência do terramoto de 1755, cobrindo uma área de cerca de 23,5 hectares. Situa-se entre o Terreiro do Paço, junto ao rio Tejo, e o Rossio e a Praça da Figueira, e longitudinalmente entre o Cais do Sodré, o Chiado e o Carmo, de um lado, e a Sé e a colina do Castelo de São Jorge, do outro.

As fundações dos edifícios assentam sobre estacaria em pinho verde, cravada em terrenos de aluvião abaixo do nível freático, servindo de embasamento para os alicerces. Ao nível das lojas, as salas são abobadadas com tijoleira e rematadas por arcos de cantaria. Os andares superiores foram construídos com uma das particularidades notáveis das estruturas pombalinas, a designada gaiola pombalina uma estrutura interior de madeira com travamento, projectada para distribuir as forças sísmicas. A Baixa é formada por um conjunto de ruas rectas e perpendiculares organizadas para ambos os lados de um eixo central constituído pela Rua Augusta. Os edifícios têm uma arquitetura semelhante, com rés-do-chão comerciais e andares superiores para habitação. As dimensões de vãos e pés-direitos eram uniformes, o que permitiu a construção mais rápida com recurso a elementos pré-fabricados, como é o caso das cantarias das janelas de dois únicos tipos — um para as fachadas das ruas principais e outro para as fachadas das ruas secundárias.

Foi apreciada como candidata portuguesa à lista de Património Mundial a 7 de Dezembro de 2004, declarando-a superior às áreas planeadas em Edimburgo, Turim e Londres; inclusivamente, a inscrição alega que os planos da reconstrução de Londres após o Grande Incêndio "não implementa princípios gerais" tais como os conseguidos na zona pombalina."

Websitehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Baixa_de_Lisboa

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