Contemporânea

"Não existe data específica para o arranque da Arquitectura Contemporânea em Portugal. 

Os registos dos primeiros sinais que a identificam, apontam para uma época ligeiramente anterior a 1950. No entanto é sempre referenciado o acontecimento político do 25 de Abril de 1974 como data “oficial” a partir da qual foi impulsionada a corrente."

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Mar do Oriente
Localização: Rua do Pólo Norte, Parque das Nações – Lisboa, Portugal;
Duração da obra: 2008;
Arquitetos envolvidos: Manuel e Francisco Aires Mateus;

        A construção Mar do Oriente é uma plataforma constituída por oito volumes, na qual cada um tem o seu significado, sendo o mesmo reforçado pela repetição, não igual, não diferente, mas idêntico; entre cada um existe a mesma distância, coexistindo a altura, largura e imagem externa entre todos, havendo uma variação apenas no comprimento.

        A plataforma destaca o bloco 3, visto que é uma área para arrendamento ou venda, dispondo de uma flexibilidade na divisão dos pisos, bem como dos seus modernos acabamentos, podendo ainda usufruir de lugares de estacionamento. Esta infra-estrutura privilegia não só a zona, bem como a si mesmo, desde o embelezamento e modernização, passando por cada detalhe tanto no interior como no exterior, sem não esquecer a segurança que hoje em dia os materiais passam a trazer para cada obra. Há assim, uma fácil acessibilidade, bem como uma definição de imaterialidade, de alinhamentos de luz.

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Pavilhão de Portugal
Localização: Alameda dos Oceanos, Parque das Nações – Lisboa, Portugal;
Duração da obra: 1990 – 1998;
Arquitetos envolvidos: Álvaro Siza Vieira;

        O Pavilhão de Portugal é uma das mais prestigiadas e visitadas obras lisboetas, pela sua emblemática diferenciação de construção. Hoje em dia, vêm pessoas de todo o mundo para vir observar esta “ampla praça coberta por uma imponente pala de betão”, baseando-se assim o arquiteto na ideia de “uma folha de papel pousada em dois tijolos”.

        O edifício, Pavilhão de Portugal é inspirado nas “tipologias portuguesas”, impressionando qualquer um com o seu “lençol de betão” suspenso no exterior contemplando-nos a uma “nova” modernidade. Esta obra foi pensada e construída de forma a “impressionar” e embelezar pela sua distinção a Expo 98, sendo uma das mais restigiadas e conhecidas exposições portuguesa, tendo assim o Pavilhão representado a cultura do nosso país e submetendo esta obra ao tema “Os Oceanos: Um património para o futuro”. Assim, esta edificação é composta por duas áreas de exposição; onde inicialmente a primeira é composta numa “habitação” onde se dão as principais exposições, isto é, dão-se no interior; enquanto, a segunda área se dá no exterior onde se podem encontrar as exposições nacionais.

        O Pavilhão de Portugal é assim considerado uma regeneração urbana de Lisboa desde a reconstrução da cidade, na sequência do sismo de 1755, tendo até a sua construção ter sido executada de forma a “ajudar” no caso de haver atividade sísmica.

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CCB (Centro Cultural de Belém)
Localização: Praça do Comércio, Belém – Lisboa, Portugal;
Duração da obra: Início de 1988 a Março de 1993;
Arquitetos envolvidos: Manuel Salgado e Vittorio Gregotti;
Website: https://www.ccb.pt

        O Centro Cultural de Belém, obra que se encontra em Belém, Lisboa - por já 20 anos, é uma das arquiteturas portuguesas mais prestigiadas e proferidas no seio lisboeta. Tendo como “finalidade a promoção da cultura, desenvolvendo a criação e a difusão em todas as suas modalidades, do teatro à dança, da música clássica ao jazz, da ópera ao cinema. Como atividade complementar, o CCB oferece-se também como um centro para a realização de conferências e reuniões profissionais.”

        O CCB é composto por três módulos: o Centro de Reuniões que visa pela privilegiada sala disposta a receber congressos e reuniões de grande dimensão, incluindo ainda este módulo variadas lojas, dois bares, um restaurante e ainda duas garagens; o Centro de Espectáculos que visa pelo seu caráter artístico e cultural, de forma a constituir três salas (Grande Auditório que tem capacidade de 1429 lugares, o Pequeno Auditório que integra 348 lugares e ainda a Sala de Ensaio que tem uma pequena lotação de 72 lugares) que estão equipadas de forma a poder receber qualquer tipo de espectáculo e se encontram salas de apoio à preparação e produção de espectáculos; e ainda o Centro de Exposições estando organizado por quatro galerias que apresenta e produz exposições das mais variadas áreas e incluindo ainda uma cafetaria, lojas e uma zona destinada ao tratamento e armazenamento de peças de arte, como é o caso da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Museu de Colecção Berardo que desde Junho de 2007 faz parte de uma das mais emblemáticas exposições deste tão prestigiado Centro Cultural. “O CCB ocupa hoje uma área de construção de 97 mil metros quadrados, distribuída por seis hectares separados por duas ruas internas e unidos pelo caminho José Saramago que cria uma continuidade com a Praça do Império, negando a tradicional separação entre o interior e o exterior. É uma pequena cidade, com jardins, lagos, pontes, rampas, ruas, praças, cantos, onde se destaca, pela sua nobreza, a Praça CCB.”

        O fundamento desta construção arquitetónica deveu-se ao fato de Belém ser já um dos pontos de partida dos Descobrimentos marítimos portugueses, devendo-se às contruções clássicas da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos, vindo assim complementar esta zona portuguesa com uma edificação mais contemporânea e assim, “modernizar” um dos sítios mais visitados e acarinhados tanto pelos lisboetas, como pelos turistas que passam a ser cada vez mais.

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Fundação Calouste Gulbenkian
Localização: Avenida de Berna – Lisboa, Portugal;
Duração da obra: 1956 – 1969;
Arquitetos envolvidos: Ruy Athouguia, Pedro Cid e Alberto Pessoa;
Website: https://www.gulbenkian.pt/

        A Fundação Calouste Gulbenkian é uma “instituição portuguesa de direito privado e utilidade pública” que tem como missão, promover “o conhecimento e melhorar a qualidade de vida através das artes, ciência, educação, saúde e desenvolvimento humano.”
Tal construção foi iniciada em memória do seu co-fundador, tendo implementado ao longo dos anos o seu prestígio para Portugal, bem como para a sua cultura. Diz-se que este projeto, a forma como os seus edifícios estão largamente separados, mas igualmente juntos, devido aos caminhos de fácil acesso pela natureza que lá se consegue respirar, transmitindo assim a personalidade de Calouste Gulbenkian. Assim, esta obra é composta pelo interior do Museu com a Arte e ainda com o exterior ao ar livre.

        A Fundação tem uma particularidade, referente às restantes três arquiteturas articuladas, nela coexiste também a Arquitetura Paisagista executada pelos arquitetos Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, conseguindo transmitir aos seus visitantes uma quase impossível tranquilidade numa tão grande cidade que é Lisboa; conseguindo rodear-nos por arvóres, flores, “nascentes”, sendo-nos possível apreciar as simples formas monocromáticas e de textura contrastante ao oásis verde.

        A Fundação tem toda uma vaga de curiosidades, desenvolvendo-se pela “atividade em Portugal e no estrangeiro no quadro dos seus fins estatuários, através de atividades diretas, subsídios e bolsas. Dispõe de uma orquestra e de um coro que atuam ao longo do ano (…); realiza exposições individuais e coletivas de artistas portugueses e estrangeiros; promove conferências internacionais, colóquios, cursos; distribui subsídios e concede bolsas de estudo para especializações e doutoramentos em Portugal e no estrangeiro; apoia programas e projetos de natureza científica, educacional e artística; desenvolve uma intensa atividade editorial, sobretudo através do seu plano de edições de manuais universitários; promove e estimula projetos de ajuda ao desenvolvimento comos países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste; promove a cultura portuguesa no estrangeiro; desenvolve um programa de preservação dos testemunhos da presença portuguesa no mundo.”

        Toda esta obra ainda hoje é falada, ainda hoje nos traz a essência da arquitetura contemporânea da década de 60, implementando uma visibilidade do que iria ser feito e melhorado na arquitectura, nos seus materiais modernas construções. Tendo também a particularidade de vir a ser reconhecido em 2010 como “Monumento Nacional em Portugal”.

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